Por Laura Pessoa
Todos os escritores e editores têm uma única aposta para este e o próximo ano: audiolivros. Diante de uma verdadeiro mar azul, muitos estão convertendo suas obras para esse formato. A própria Audible, plataforma da Amazon, tem investido milhões para enriquecer seu catálogo com diversas obras das mais variadas editoras.
Segundo a entidade Audio Publishers, maior associação do segmento, o mercado global de audiobooks é de US$ 5,3 bilhões e deve atingir US$ 35 bilhões em 2030. Isso significa que este novo modelo crescerá 26,4% ao ano durante os próximos 7 anos, enquanto o mercado editorial de livros impressos tem uma previsão de crescimento de 1,9%.
No primeiro trimestre de 2024, o setor brasileiro de audiolivros vivenciou uma expansão notável em comparação com o mesmo período de 2023. A demanda por conteúdo em áudio aumentou de forma expressiva, resultando em uma receita que dobrou em relação ao ano anterior – ou seja, alcançou um crescimento de 100%. Esse desempenho positivo reflete as tendências emergentes no mercado do audiolivro, especialmente por conta do interesse dos brasileiros em consumir podcasts.
Mas nem só de grandes editoras ou escritores famosos vive o mercado do audiolivro. O crescimento exponencial deste mercado é uma boa nova também para autores independentes, como Fabio Rejgen. Autor de livros de negócios, ele conseguiu faturar mais de R$ 50 mil com audiolivros. “Eu percebi que o mercado de e-books para novos escritores estava com competição acirrada, por isso resolvi investir nesse formato e deu muito certo”. Diante da grande dificuldade de conseguir produzir e, principalmente, distribuir esse formato – pela própria estrutura das plataformas -, ele resolveu fazer uma parceria com a Telfybooks, uma das principais empresas desse segmento no Brasil. Hoje, Fabio já tem 4 audiolivros que geram um ótimo faturamento anual. Mas seus planos não param por aí: sua ideia agora é ter mais 4 para o ano que vem. “Em breve o audiolivro será minha maior fonte de renda”, aposta.
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