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“Temos várias pesquisas no Brasil que mostram que o jovem é o maior leitor brasileiro”

Julia Ferreira fala sobre o sucesso da Bienal e o crescimento da leitura entre os jovens. Em uma conversa inspiradora, ela destaca a importância do selo Pitaya da HarperCollins Brasil e explica as diferenças entre literatura jovem adulta e infantojuvenil. Além disso, compartilha detalhes sobre a segunda edição do prêmio Kindle de Literatura Jovem. Confira essa entrevista imperdível para entender o cenário atual da literatura juvenil e as oportunidades para novos autores!

Panorama da Escrita: Como é que está sendo as suas impressões em relação à Bienal, como é que tá sendo a sua avaliação até o momento?


Julia Ferreira: Eu estou achando um sucesso absoluto, para quem veio no final de semana, viu aqui completamente lotado e principalmente muitos jovens, né? Vindo comprar livro e animados com o livro. Realmente uma paixão por livro, que eu acho que é isso que mais inspira a gente, ainda mais pra mim que estou falando de um selo jovem, de literatura para jovem. Isso mostra que o jovem lê, temos várias pesquisas no Brasil que mostram que o jovem é o maior leitor brasileiro, então ver isso corroborado aqui na Bienal é muito importante pra gente, é muito legal.


Panorama da Escrita: E em relação à Pitaya, qual foi o propósito quando surgiu o selo? O que vocês pensaram?


Julia Ferreira: Então, a Pitaya é um selo da HarperCollins Brasil. A Harper já lançava livros juvenis, livros voltados para o público jovem, mas estava faltando um contato direto. A gente sabe que é muito importante para os jovens a gente ter esse contato direto, eles poderem se
comunicar com a gente, eles se identificarem melhor com os nossos livros. Então a gente quis
criar esse selo para ter meio que um canal direto com que a gente pudesse se comunicar com
esses jovens. A gente começou com a Juliana, que é uma autora nacional, vencedora do
prêmio Kindle. Mas a ideia é não só ter lançamentos todo mês de livros estrangeiros e
nacionais, mas também trazer os livros juvenis que já estavam no catálogo da Harper para o
selo da Pitaya. Então a gente vai trazer vários autores já consagrados, muito legais da casa,
dentro do selo Pitaya para já começar com um catálogo de respeito.

Panorama da Escrita: Como o nosso site é voltado para escritores, se você pudesse dar uma definição, porque tem uma certa dúvida de qual é a diferenciação do young adult para o infantil e juvenil, se você puder trazer isso.

Julia Ferreira: O selo da Pitaya é focado no jovem adulto, que também pode ser chamado de juvenil. Eu, como editora, considero juvenil e jovem adulto praticamente a mesma coisa. Daí a gente tem uma outra separação que é o infanto-juvenil ou o infantil, que daí são livros mais jovens, a gente tem ali um termo que a gente usa em inglês chamado middle grade, que é para pré-adolescentes, nessa idade entre 12, 13, 14 anos, que a gente também joga um pouco mais para o infantil, mas para a Pitaya nós estamos considerando leitores entre 14 a 21 anos. É
uma faixa etária meio grande, mas tem adultos que gostam de ler livros jovens adultos e
vice-versa. Mas são livros que focam na experiência de jovens adultos, dessa faixa etária.
Então pode ser desde uma fantasia, pode ser um romance contemporâneo, pode ser um livro
de aventura. Mas a gente usa mais ou menos essa faixa etária para nos nortear. E depende
muito do estilo da escrita do autor e tudo mais, mas o que a gente procura é livros que
adolescentes possam se identificar, que vão gostar de ler e que sejam também próprios para a
idade. É mais ou menos a nossa definição.

Panorama da Escrita: Para finalizar, você comentou agora há pouco sobre o prêmio Amazon, se você puder falar um pouco mais como funciona esse prêmio para quem quer se inscrever.

Julia Ferreira: Claro, agora eu também posso falar que vai ter uma segunda edição. A Amazon tem o prêmio Kindle de Literatura e ano passado foi a primeira edição do prêmio Kindle de Literatura Jovem, então foi o que a Juliana ganhou e agora a gente vai lançar uma segunda edição. Todo mundo pode se inscrever pelo canal do KDP, da Amazon, eu acho que para além de ter que ser um livro jovem-adulto, qualquer livro inédito, com a única exigência de que não tenha participado da edição do ano passado. E daí vão ter cinco finalistas, e os cinco finalistas vão ser avaliados por três jurados muito especiais, que vão ser a Thalita Rebouças, o Alec Costa e o Pedro Ruas. Então vão selecionar o grande vencedor deste ano e a nossa ideia é divulgar o vencedor na Bienal do ano que vem no Rio de Janeiro. Então vai ser um evento super legal também e vai trazer bastante atenção, não só para o vencedor, mas para os finalistas também.

redação

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